Inauguração (pequena festa!)

Estas são fotos do dia de inauguração de CHICKENFLOT. Muitos amigos, muitos desconhecidos, alguns copos e conversa da boa. O resultado de tanto trabalho não foi mau de todo. O problema do costume, depois de acabar um gajo fica com a impressão de que poderia ter feito tudo muito melhor e tem uma súbita vontade de recomeçar. Neste caso eu e o Fernando trabalhámos ardentemente ao longo de aproximadamente 2 meses (nem sei se foi mais, talvez menos...). Desde andar "ao cartão" no Martim Moniz até forrarmos as paredes e o chão da sala e executarmos as pinturas, houve de tudo. O mentor deste encontro improvável entre mim e o Fernando Ribeiro foi o grande Fonte Santa, pintor e desenhador excelente mas ainda melhor amigo. Sem ele eu não expunha um desenho que fosse.
As fotografias deste post e dos anteriores são da autoria de José Frade, fotógrafo profissional que anda por aí sempre a trabalhar.
No fim, bom, no fim a desmontagem levou apenas alguns minutos. Tempo suficiente para arrancar tudo da parede e deitar no lixo.

Ainda Chickenflot

Batman e o Bandido

Sobre o trono das bolinhas coloridas pacientemente pintadas pelo Fernando pintei a figura do Bandido. Ao lado, imperturbável e sobranceiro, o misterioso Cavaleiro das Sombras olha o horizonte (que é a parede em frente). No trono está sentada a modelo de serviço, desenhando, como é seu costume.
pinturas a acrílico sobre cartão recolhido nas ruas de Lisboa

instalação com Fernando Ribeiro integrada no ciclo intitulado

Too Drunk To Fuck

Largo Chão do Loureiro nº7, 1º, 1100 Lisboa

(a casa onde isto aconteceu fica situada no mesmo prédio onde funciona a sede do CDS/PP)

Outubro de 2002

Mais Chickenflot

CHICKENFLOT

Em cima foto do corredor da casa com vislumbre do Gajo Amarelo; em baixo outra perspectiva da sala onde montámos Chickenflot com a minha filha a fazer uma graçola (aqui era ainda muito pequenina, tinha 7 anos). Ao fundo pode ver-se uma parte da intervenção do Fernando Ribeiro, um alvo muito Pop.
pinturas a acrílico sobre cartão recolhido nas ruas de Lisboa
instalação com Fernando Ribeiro integrada no ciclo intitulado Too Drunk To Fuck
Largo Chão do Loureiro nº7, 1º, 1100 Lisboa
(a casa onde isto aconteceu fica situada no mesmo prédio onde funciona a sede do CDS/PP)
Outubro de 2002

Parede da Virgem

Parede da Virgem

Interpretação muito livre e algo escatológica da célebre aparição da Virgem Maria aos pastorinhos. Os anjos são galinhas voadoras e a Virgem um cadáver (antecipação da personagem de A Noiva Cadáver, de Tim Burton?) grávido do Sol. No "Sol" Fernando Ribeiro colocou a legenda "It's a Sony". A caixa verde com fundo negro é também uma intervenção de Fernando Ribeiro sobre a imagem por mim concebida.

CHICKENFLOT

pinturas a acrílico sobre cartão recolhido nas ruas de Lisboa

instalação com Fernando Ribeiro integrada no ciclo intitulado Too Drunk To Fuck

Largo Chão do Loureiro nº7, 1º, 1100 Lisboa

(a casa onde isto aconteceu fica situada no mesmo prédio onde funciona a sede do CDS/PP)

Outubro de 2002

Gajo Amarelo

Gajo Amarelo

CHICKENFLOT
pinturas a acrílico sobre cartão recolhido nas ruas de Lisboa
instalação com Fernando Ribeiro integrada no ciclo intitulado Too Drunk To Fuck
Largo Chão do Loureiro nº7, 1º, 1100 Lisboa
Outubro de 2002

São Mateus

São Mateus e o Anjo (segundo Caravaggio)

tinta-da-China e pastel sobre papel

2002

tamanho A4

Cristo morto

Cristo Morto

desenho a tinta-da-China e pastel branco

a partir de foto de pintura de Caravaggio

tamanho A4

2004

Ainda Abrãao (mais o anjo, Isaac e o cordeiro)

Em que é que ficamos?

acrílico, tinta-da-China e colagens sobre papel

Fevereiro de 2005

50X65 cm

Abraão outra vez

aspecto de

CHICKENFLOT

pinturas a acrílico sobre cartão recolhido nas ruas de Lisboa

instalação com Fernando Ribeiro integrada no ciclo intitulado

Too Drunk To Fuck

Largo Chão do Loureiro nº7, 1º, 1100 Lisboa

Outubro de 2002

Recorrente

Abraão

(Isaac, tás fornicado! Ou talvez não.)

a partir de foto de pintura de Caravaggio

tinta-da-China e cêra branca sobre papel cinzento

2 de Maio de 2002

tamanho A4

Este tema é, para mim, um recurso usual. Muitas vezes, quando pego nos materiais de desenho ou pintura e não sei bem o que fazer, deixo que o subconsciente rebusque esta imagem, muito conscientemente, afinal.

A situação tem a grandeza dramática das narrativas misteriosas que encantam o meu pensamento enformado na mitologia judaico-cristã.

As personagens fazem já parte da minha família imaginária uma vez que, afinal, sempre somos todos filhos de Deus! Do "tal" Deus.

Relationship

Relationship

(The Partners)

Tinta-da-China e cêra branca sobre papel cinzento

2005

tamanho A4

Rubber People

Rubber People

(and that fuckin' angel)

tinta-da-China e cêras coloridas sobre papel cinzento

2005

tamanho A4

Piedadezinha (com criança ao colo)

tinta-da-China e cêra branca sobre papel cinzento

tamanho A4

2005

Preparação

raro trabalho de preparação para pintura (normalmente improviso)

Pentear a Careca ao Diabo

(Bela cabeça, bela cabeça!)

tinta-da-China e cêra branca sobre papel cinzento

8 de Janeiro de 2005

tamanho A4

Querida Senhora Rego

Pentear a Careca ao Diabo

pintura a partir de trabalhos de Paula Rego

acrílico sobre papel

2005

A coisa soa mais ou menos a provérbio que, apesar de não existir antes de aqui ser registado, até soa a coisa que faz sentido, coisa ilustrada pela imagem junta.

"Pentear a Careca ao Diabo" é como querer ser simpático numa situação impossível, enganar o Mal com expediente inocente (tarefa mais que complicada), querer amansar o pior inimigo com o fito de lhe arranjar uma gola nova para enfiar o colarinho da camisa lá dentro. Fundo e ensopado em sangue.

Cry, cry, ba-a-by...

Cry Baby

marcador

1991

(pois, claro que é O Grito, de Munch, mas também não é)

Justiça

Justiça Desvendada

tinta-da-China e aguadas sobre papel

1995 (mais ou menos, por aí assim)

tamanho A3