segunda-feira, 30 de abril de 2007

Black Blind Guy

da série 100 Cabeças 1000 Sentenças
Black Blind Guy
acrílico e colagens sobre papel (envernizado)
tamanho A4
Outubro de 2004

Istonãoéumapintura

da série 100 Cabeças 1000 Sentenças
Istonãoéumapintura
acrílico e colagens sobre papel (envernizado)

Bela Lugosi's Dad

da série 100 Cabeças 1000 Sentenças
Bela Lugosi's Dad
acrílico, colagens e tinta-da-China sobre papel (envernizado)
tamanho A4

Condenado por Defeito

Condenado por Defeito
da série 100 Cabeças 1000 sentenças
acrílico e colagens sobre papel (envernizado)
23 de Agosto de 2003

Hot Dog

Da série 100 Cabeças 1000 Sentenças
Hot Dog
Acrílico sobre papel tamanho A4

domingo, 29 de abril de 2007

Traição

O traidor trai (quase sempre) por Amor
Acrílico, colagens e tinta-da-China sobre papel
50X65cm
Janeiro de 2005
Quantas vezes a traição é cometida para protecção do atraiçoado?
Quantas vezes o traidor quer apenas fazer aquilo que considera melhor mas que não é capaz de provar ao atraiçoado?
Deveremos por isso desculpar os traidores que atraiçoam por amor?

terça-feira, 17 de abril de 2007

David & Goliath (I love you anyway)





David & Goliath (I love you anyway)
Acrílico e colagens sobre papel, 50X65cm, Junho de 2005

Sobre o conflito israelo-palestiniano, sem especial fervor.







segunda-feira, 16 de abril de 2007

O último crente


Quando mais ninguém acredita que pode acontecer... restas tu!
Quando já nada parece ser possível que não seja aquilo que te dizem estar escrito, tens o dever de duvidar se isso te abre a vaga possibilidade de seres feliz.
Querem convencer-te de que não podes mudar o mundo. É mentira!!! Com essa conversa de merda pretendem apenas que baixes a guarda e esqueças o que deves fazer. Deves fazer o que consideras correcto. És tu quem decide.
Não há destino traçado nem regra divina. Há o teu coração a guiar-te vida dentro e um desejo imenso de justiça.
O Último Crente, acrílico sobre papel, 50X65cm, Novembro de 2002

sábado, 14 de abril de 2007

Painel Bouts

O misticismo bate igual em todo o lado! Judeus, muçulmanos, cristãos, todos acreditam em algo mais que o mundo que nos rodeia. Imaginam um outro, envolvendo este, e para lá enviam o futuro das suas almas esperando que haja algo melhor à sua espera.

Da parte que me toca tanto acredito num como nos outros e em nenhum em simultâneo. Haja Deus, se tal coisa for possível!


quinta-feira, 12 de abril de 2007

Painel Warhol

A exportação de um sistema político não se faz por vontade exclusiva do exportador.

Se o importador não estiver interessado no produto dificilmente se consegue enxertar a coisa com sucesso!

Os exemplos dá-os a História e são mais que muitos. Alguns dos mais tristes são até bem recentes.

Os sitemas políticos resultam de uma conjuntura histórica e cultural, logo não são exportáveis.


quarta-feira, 11 de abril de 2007

O Painel Rothko

Cada um dos 3 painéis do tríptico é dedicado a um pintor. Depois de ter terminado, durante aqueles largos minutos em que ainda sentia uma tremenda vontade de continuar a massacrar o papel com mais tinta e mais pincel e mais cola e papel... percebi que o melhor era ficar por ali. Suspender.
Levei horas e horas e horas até atingir este estado de suspensão. E depois mais uma mão-cheia de horas e horas e horas a contemplar o trabalho. Ao semicerrar os olhos pareceu-me vislumbrar na composição deste painel um estrutura extremamente simples, à boa maneira de Rothko. Um céu Rotkho e um Rothko rio de lava.
O cavaleiro perneta que transporta o Graal atravessando o rio de lava laranja que banha a cidade vermelha. Está às portas do Paraíso mas acaba por lhe passar ao lado por não ter olhos que não sejam para o cálice sagrado.


terça-feira, 10 de abril de 2007

Tríptico da Salvação

Tríptico da Salvação, acrílico e colagens sobre papel, 3 vezes 50X109cm, concluído em Janeiro de 2005
A salvação do mundo em 3 quadros.
A salvação pela democracia, no 1º.
A salvação pelo sacrifício, no 2º.
No 3º, a salvação pela Fé.
A democracia leva esperança aos miseráveis.
O sacrifício tem uma linguagem acessível a todos.
A Fé é a última coisa a morrer (juntamente com a Esperança).

Nós Vida


Nós Vida, tinta-da-China, aguarela e colagens sobre papel, tamanho A3 (não me lembro da data)

Cena - Homem-que-é-fogo arde!

Não fumes,
não bebas,
não comas demasiado.
Olha o colesterol!
Não circules sem o cinto de segurança,
não deixes a porta do prédio aberta,
não ponhas o cãozinho a cagar no passeio.
Vives em comunidade… és um ser civilizado!
Respeita o teu vizinho,
respeita-te a ti mesmo,
recicla o teu lixo.

De onde vêm tantas regras,
Que espécie de deus dita tais mandamentos?
É o “senso comum” mas o “senso comum” nada tem de divino!
Longe disso.

Quero fumar, beber, quero comer como um alarve, quero rebentar no excesso e no prazer de o fazer!
Quero sentar-me à mesa do banquete com deuses macabros por companhia.
Alegre e devassa companhia!

Todo o ser vivo não é mais que um moribundo.
A vida é feita para entreter a morte e a morte é mais que certa!

Quero cagar ao lado do meu cão, ali mesmo defronte à porta do meu prédio, perante o olhar inquieto do vizinho do rés-do-chão-frente a procurar na tremura de um gesto o telemóvel para chamar a polícia, os bombeiros, o 112, a protecção civil, a puta que o há-de parir… quero fazer tudo o que me passa pela cabeça e ter ainda tempo para imaginar coisas impossíveis de fazer… e fazê-las!

Ah, como me sufocam a gravata e o fato da Massimo Dutti!
Os sapatos de pele de crocodilo arruínam-me os calos e o after-shave, meu deus, o after-shave leva-me à loucura, provoca-me náuseas, faz de mim um animal enjaulado numa nuvem de agradável odor, faz de mim uma coisa que eu não sou.

É urgente economizar, é necessário abrir uma conta bancária, ter um ecrã plano e uma esposa esbelta e bem vestida para exibir nas festas da empresa.
Quero ser invejado não quero sentir inveja! Quero! Quero ter esta inveja ao contrário que é parecer aquilo que não posso ser.
Caraças, quero… quero… eu quero…

(ouvindo uma voz, responde)
Sim, está quase pronto, é só um minuto, concerteza, desculpe, estava distraído, é para já, só um minuto, um minutinho apenas… estou quase, quase!
Retirado de A Sociedade das Flores http://sociedadedasflores.blogspot.com/

Optimista

E se o meu filho for o Messias?
E se o mundo estivesse à espera dele para ser salvo?
E se o meu filho descobrir a Pedra Filosofal?
E se...
O meu filho é o Messias!
O meu filho vai salvar o mundo!
O meu filho é a Pedra Filosofal.
E eu...


O Optimista, acrílico, tinta-da-China e colagens sobre papel, 50X65cm, Outubro de 2005

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Easter Bunny meets The King


Queixam-se os católicos que o Natal anda a ser torpedeado por conceitos abstrusos que afastam o verdadeiro espírito da Quadra. O Pai Natal "coca-coleano" substitui o Menino Jesus na distribuição das prendinhas, os defensores do "políticamente correcto" estarão a tentar apagar a essência religiosa da coisa fazendo dela uma festa consumista por excelência e muito pouco católica, por arrastamento.
Ainda não ouvi vozes a pedirem a morte do Coelhinho da Páscoa, esse estranho mamífero associado a ovos coloridos não se percebe muito bem como e muito menos porquê. A Páscoa deveria ser um período de reflexão sobre os mistérios da existência humana e das potencialidades divinas que se escondem nas profundezas de cada um de nós. Mas parece que, também essa dimensão transcendente da época pascal, se está a perder nas sombras pagãs do nosso quotidiano delirante.
Não haverá festividade religiosa que não seja infectada pelo vírus do paganismo? Ou será que, pelo contrário, são essas festividades que se vêm sobrepor a outras religiosidades, nada cristãs, nadinha católicas?
"Ei, King, toma lá. Curte este meu coração, man!"
"Vá lá, Bunny, deixa lá estar essa coisa. Que nojo!"
"Então man, não aceitas esta oferenda. Olha que é uma cena sentida! Podes crer!"
"Deixa-me em paz, Bunny, passo bem sem as tuas oferendas."
"Não sejas fatela King."
"Vai-te esconder coelhinho, vai lá para a tua toca."
Easter Bunny meets The King, acrílico sobre papel e colagens, 50X65cm, Páscoa de 2005

Mr. Influenza


"Não tenhas problemas, vais ver que corre tudo bem. Basta acreditares em mim, basta que tenhas confiança. Deixa-te estar. Simplesmente. Não faças nada, não digas nada, evita mesmo pensar. Se isso não for possível imagina que és uma garrafa vazia. Sim, sim, uma garrafa vazia, isso deve resultar. Ficas ali, quietinho como uma garrafa vazia e vais ver que corre tudo bem. Deixas-me actuar. Vais ver que corre tudo bem porque eu sou excelente a resolver assuntos como este. Nem sequer te vou cobrar nada pelo serviço porque gosto de ti e gosto da tua família. Confia em mim. Vais ver que sou de confiança..."

Mr. Influenza, acrílico sobre papel e colagens, 50X65cm, Fevereiro 2006