Cada um dos 3 painéis do tríptico é dedicado a um pintor. Depois de ter terminado, durante aqueles largos minutos em que ainda sentia uma tremenda vontade de continuar a massacrar o papel com mais tinta e mais pincel e mais cola e papel... percebi que o melhor era ficar por ali. Suspender.
Levei horas e horas e horas até atingir este estado de suspensão. E depois mais uma mão-cheia de horas e horas e horas a contemplar o trabalho. Ao semicerrar os olhos pareceu-me vislumbrar na composição deste painel um estrutura extremamente simples, à boa maneira de Rothko. Um céu Rotkho e um Rothko rio de lava.
O cavaleiro perneta que transporta o Graal atravessando o rio de lava laranja que banha a cidade vermelha. Está às portas do Paraíso mas acaba por lhe passar ao lado por não ter olhos que não sejam para o cálice sagrado.
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