acrílico, colagens e tinta-da-China sobre papel
50X65cm
Fevereiro de 2005
Na maior parte dos casos as minhas pinturas não partem de qualquer estudo prévio. Pintar torna-se um processo de descoberta formal absolutamente imprevisível. É um processo algo semelhante ao que foi descrito por Max Ernst quando propunha que se atirasse um trapo embebido em tinta sobre uma superfície e depois nos sentássemos a olhar para a mancha assim produzida, esperando que a forma nos sugerisse algo próximo de uma paisagem ou uma narrativa.
Desta forma surge uma iconografia inesperada e, como tal, até mesmo a iconologia é desconhecida do próprio criador da imagem. Este género de processo criativo exige uma cadeira, um maço de cigarros e algo para beber de vez em quando.
4 comentários:
como uma viagem no desconhecido,
... aproxima-se esteticamente da linguagem do inconsciente e logo do sonho.
SURREALIZANTE.
Bem observado. Aliás Ernst foi O grande mestre do Surrealismo.
Silvares,
na decada de 80 usei esse processo. Na época não fumava mais, e usava só a cadeira e um bom som...pois beber e pintar não combina! Se beber, não dirija, nem pinte! Pode ser fatal! rsrsrs!
Forte abraço.
PS- Não tenho comentado pois quero fazer um juizo com uma visão mais completa da sua obra!
Obrigado pela visita Eduardo. Na verdade a tal bebida é apenas um reflexo de descontracção. Também sou de opinião que o estado de embriaguez não ajuda nada quando precisamos de pensar com clareza.
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